Quase sempre tento evitar escrever aqui artigos que exponham a minha opinião pessoal, até porque nunca escrevi o blog com o intuito de opinar ou criar polêmica, mas sim com o intuito de falar sobre coisas boas, cidades, lugares e hotéis interessantes.

A idéia de fazer este post nasceu após ler uma blogueira muito famosa ter contado como foi uma viagem que ela fez à Itália e como havia se espantado com a forma grosseira como foi tratada pelos italianos.

Como eu sempre digo, em todo e qualquer assunto, nunca se deve generalizar e tão pouco rotular; mas é muito comum ouvir brasileiros e até mesmo portugueses se queixarem da forma como são tratados em alguns países da Europa.

Quanto a minha experiência na Europa, só posso dizer que assim como no Brasil, também há de tudo. Há pessoas maravilhosas, elegantes, educadas, com nível,  como também há gente muito grossa, estúpida, mal educada, sem um pingo de classe ou elegância. Enfim, é o mundo!

O brasileiro se espanta, porque quando o estrangeiro chega em terras tupiniquins (entenda-se Brasil), quase sempre é muito bem recebido e acaba por se encantar com a hospitalidade que encontra por lá; o contrário já não se pode dizer. Tenho muitos amigos que comentam que não entendem o porque de serem tratados rispidamente em alguns países da Europa. Eu também não entendo, mas sinceramente também já desisti de entender! 😉

A simpatia do Europeu

Voltando a enfatizar, não estou generalizando, para tudo há exceções, mas se você brasileiro, espera viajar pela Europa e encontrar bom atendimento, educação, simpatia, gentileza, ou outra coisa que provavelmente você encontraria no Brasil, cuidado porque isso não é regra e a decepção pode ser grande.

* É muito importante lembrar que as culturas, os hábitos, a educação, são totalmente diferentes e o ponto principal para ter uma viagem inesquecível é compreender isso. O brasileiro é muito “aberto”, muito “dado”,  faz amizade facilmente, o Europeu é mais “fechado” e não é tão receptivo a manifestações de intimidade.

* Primeiramente não pense que se você não fala o idioma local, ou não fala minimamente o inglês, alguém fará “força” para o compreender. Esqueça.

* Por favor, não trate as pessoas por “moça”, “moço”, ou chame alguém com “psiu”, “hei”, “oi”, e lembre-se “pelamordedeusssssssss” não toque no braço, ombro, face, mão ou sei lá onde se você não tiver intimidade ou for amigo(a) “chegado”  da pessoa. Isso pode desencadear muitos mal entendidos! 😉

* Também não espere entrar num restaurante, café, ou loja e ser imediatamente atendido com um sorriso nos lábios, principalmente se os empregados da casa/loja/café/restaurante estiverem a conversar sobre algum problema pessoal, sobre como foi o fim de semana deles, ou algo que lhes interesse mais do que atender o cliente. Primeiro o bate-papo, a conversa “furada”, depois, depois, e só depois quando for conveniente você será atendido. Até porque a Europa nem está em crise e tão pouco as lojas precisam vender, certo? (estou sendo irônica).

* Também não se espante se você estiver num restaurante e tiver terminado o jantar e por algum motivo quiser ficar mais um “tempinho” na mesa a conversar, e for “gentilmente” convidado a se retirar para ceder lugar à outras pessoas. Em alguns lugares um sorriso amarelo nos lábios serve bem para “fingir” simpatia. Se é que me entendem.

* Em hipótese alguma “sonhe” em pechinchar, ou pedir descontos, caso a loja não esteja em “saldos” (época em que os produtos são vendidos com descontos). Em alguns casos você corre o risco de ser expulso da loja, ou ouvir um belo e longo discurso sobre a crise que assola a Europa, e que o Brasil é rico, e mimimis…mimimis…

* Ao entrar numa loja não peça para experimentar todos os relógios, anéis, pulseiras, colares, echarpes, chapéus, etc. No máximo poderão lhe mostrar dois produtos, se você pedir mais do que isso, vão te deixar “falando sozinho”. O mesmo aplica-se a roupas. Escolha duas ou três peças,  experimente, e tente deixa-las separadas no balcão ou com a pessoa que lhe atendeu; só então escolha ou solicite outras peças para serem experimentadas. Isso vale também para os sapatos! Não pense que na Europa farão como no Brasil onde o vendedor de sapatos te mostra 45 pares de sapatos/sandálias/botas em todas as cores e um número acima ou abaixo do seu. Informe-se antes de viajar qual o seu número de calçado (e roupa)  na Europa, isso é fácil descobrir pelo Google.

* Se você chegar na Espanha, ler o cardápio e não entender absolutamente nada do que está escrito e pensar que o garçom vai te explicar, esqueça. Ele não vai te explicar e tão pouco vai se esforçar para entender o seu “portunhol”.

* Em alguns países europeus as pessoas são mais descontraídas, em outros não, você vai encontrar de tudo. Você vai encontrar desde pessoas que vão te olhar de cima a baixo, milimétricamente para analisar, avaliar e julgar a roupa que você está usando, como também vai encontrar países onde a mulher poderá fazer topless sem qualquer preocupação sobre o que vão achar dela ou do corpo dela.

* Em alguns países tenha atenção com palavras, pronomes e todos os “mimimis”, em Portugal evite tratar alguém por “TU” se não for íntimo da pessoa, para evitar gafes trate todos por você, ou melhor,  senhor ou senhora. Assim você não corre o risco de ouvir o que não quer.

* Caso você veja no café, no correio, no supermercado,  alguém aos gritos ou tendo um “chilique” com alguém ou irritado com o colega ao lado, não se meta e tão pouco se espante, em alguns países da Europa, gritos e “crises” é o que não faltam.

* Em algumas cidades da Europa, as lojas costumam fechar para a hora do almoço, quase sempre entre 13h00 e 14h30; mas em algumas o horário de almoço pode ser maior como das 13h00 às 15h00. Em algumas cidades da Espanha, principalmente na época do verão, onde o calor é muito forte, algumas lojas permanecem fechadas durante toda a tarde só reabrindo por volta das 17h00. Informe-se sobre os horários na cidade onde você for ficar, desta forma você conseguirá programar seus passeios e as compras. Lembre-se que a pergunta deve ser feita qual o horário de abertura e fechamento da loja e quais os dias. Faça a pergunta completa!

* No mais para evitar irritar-se finja-se  de surdo, cego e mudo!

Creio que basicamente seriam estas as coisas que eu teria a dizer para que o brasileiro não se espantasse demais, há muito mais coisas que eu adoraria dizer mas tenho certeza de que iria ferir a suscetibilidade de alguns, portanto fico por aqui. 😉 Espero que  tenha-me feito compreender e que não haja uma avalanche de comentários irados….rssss. That’s all folks.

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9 COMENTÁRIOS

  1. Concordo com você principalmente na questão de que não se pode generalizar, eu tive em alguns países da Europa e fiquei surpresa com alguns tratamentos… No meu caso a Alemanha foi a vilã e a França (Paris), contrariando até mesmo amigas francesas, a heroína. Tive em Paris duas vezes e fui super bem tratada pelos franceses, que falavam inglês perfeitamente e tinham muita paciência. Foi minha primeira viagem “abroad”, então sempre pedia alguma informação na rua.. O interessante é que mesmo quando eles não sabiam, tentavam me ajudar, perguntando para outras pessoas e faziam questão de “explicar bem explicado”. Já na Alemanha fui tratada tão mal que pesquisei no google se eles tinham problema com brasileiros e acabei descobrindo que eles têm problema com qualquer estrangeiro, o google está cheio de exemplos. Antes de viajar sempre aprendia uma ou duas palavras no idioma usado no país, aprendi “Danke” em alemão, nunca tive chance de usar… rs (mas tenho certeza que existem muitas pessoas que foram à Alemanha e adoram).

    • Olá Val,
      Obrigada pela participação.
      Pois é, não se pode generalizar. Em Espanha, não fui bem tratada, mas me diverti muito com “certas atitudes”, havia horas em que se tornava cômico estar numa mesa por 40 minutos a espera da conta, beirava ao ridículo. Enfim são experiências, creio q o brasileiro no geral espera demais qdo vai p/ o exterior e por vezes se decepciona, afinal qdo no Brasil um patrão permitira que uma empregada de balcão num café ficasse de “papo furado” com a colega, e o cliente plantado na frente dela esperando a boa vontade de ser atendido. E qdo é atendido recebe um baita: Diga se faz favor.
      Affff… ninguém merece….rss
      Enfim eu com 10 anos de Portugal já aprendi e acostumei, mas quem vem pela primeira vez estranha muito.
      Recentemente veio cá em PT, um casal de amigos brasileiros, foram embora totalmente horrorizados….rsss

  2. Sou brasileira e concordo com os comentários dos colegas acima e com o seu artigo.
    O Europeu tem ainda que comer muito arroz com feijão para aprender a ser educado.

  3. Olá Kátia, sou português e por acaso infelizmente tenho a mesma opinião que você.
    Realmente bom atendimento não é o forte do europeu.
    Felizmente tive oportunidade de conhecer muitos países e sinceramente na minha opinião o povo mais acolhedor foi o brasileiro, e o mais educado é o japonês. No Japão, sorriso nos lábios é obrigatório, ao contrário dos italianos, e dos espanhóis que vivem carrancudos.
    Já agora um observação, e em consenso com a Joana que comentou acima, engraçado leio sempre seu blog e observo muitos “likes”, e este post por acaso não teve muitos, porque será?

  4. Que engraçado, ninguém vai comentar, nem fazer “like”? Porque será? Vai ver foi porque voçê falou mal do europeu, se tivesse elogiado teriam gostado. Acho que a humanidade detesta ouvir algumas verdades. Pena.
    Partilho da mesma opinião que a sua, sou portuguesa, e lamentávelmente, bom atendimento não é o ponto forte do Europeu, muito menos do português. Já estive ne Espanha e na Itália por 2 vezes, detestei. Na França, estive 3 vezes e achei os franceses bem preconceituosos. As vezes em que estive no Brasil, foi no Nordeste e adorei, fui muito bem atendida.

    • Olá Joana, muito obrigada por colocar aqui o seu comentário e partilhar conosco a sua experiência como turista pela Europa. Beijinhos

  5. Olá!

    Já estive algumas vezes na Europa e, de fato, algumas pessoas por lá são meio “bestas”. Em alguns lugares o tratamento ao cliente é bem diferente do Brasil e do padrão que estamos acostumados. Nunca tive maiores problemas, mas nota-se a diferença.

    Porém, tive uma ótima e diferente experiência na Rússia. O povo russo, ao contrário do que se possa imaginar, é bem amável e receptivo. Se esforçam pra falar com vc e te entender (e muitos não falam inglês) e tem muito do jeitinho brasileiro (no caso, jeitinho russo!).

    Abraços

    • Olá Daniel, obrigada por comentar e partilhar conosco a sua experiência na Rússia, é sempre muito
      interessante aprender como são outras culturas e comportamentos. Abçs 🙂

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