Hoje o Bigviagem conta mais uma vez com a gentil colaboração de Pedro B. acerca de um tema muito procurado por viajantes das mais diversas faixas etárias – Ecoturismo – Turismo Sustentável.  Um tipo de turismo que na minha opinião  proporciona uma experiência transcendental  e inesquecível.

Ecoturismo – Turismo Sustentável

Segundo a EMBRATUR, o Ecoturismo é um “segmento de atividade turística que utiliza, de forma sustentável, o património natural e cultural, incentiva sua conservação e busca a formação de uma consciência ambientalista através da interpretação do ambiente, promovendo o bem-estar das populações envolvidas” (fonte: wikipedia). É uma definição inspiradora, lógica e muito pedagógica.

Para termos necessidade de uma definição desta natureza e da criação de uma categoria específica de turismo – o ecoturismo – é porque algo que fizemos anteriormente não correu muito bem. Considero uma definição deste calibre como algo que deveria ser natural, inato à condição humana, lógica para quem opta e pode viajar. Mas, claramente, não o é, pois, não só houve necessidade de se criar uma categoria específica, como toda uma nova indústria floresceu a partir dela, uma indústria que se apresenta como detentora de epítetos e de novos “modus operandi” que nos deveriam ser naturais.

Mas mais do que criticar, importa tentar perceber como chegamos até aqui. O fenómeno do turismo é, na verdade, um fenómeno recente. Floresceu a partir dos anos 50 com o desenvolvimento dos transportes aéreos e da afirmação da classe média, inicialmente nos Estados Unidos e depois na Europa e no Japão.

Desde há poucos anos para cá, já contaminou outros países com o Brasil, a Rússia, a China e a Índia, entre outros. Não que não houvesse turismo antes, ou que nestes últimos países apontados ninguém tinha acesso a viajar e a desfrutar de outras partes do globo. Sempre houve em todo o lado. A grande diferença é a capacidade de oferta e de procura ser generalizada, motivando assim uma indústria relevante e muito dinâmica. E esta dinâmica, esta democratização do turismo levou-nos a termos como “turismo de massa”, especialmente desenhado para a classe média, menos exigente e assente na vertente do baixo custo. Isto soa como um detalhe altamente negativo, mas não o é. Uma sociedade que tem a capacidade de proporcionar turismo à maior parte dos seus integrantes é altamente recomendável.

Mas isso também traz custos. Existe uma passividade latente nos programas promovidos pelos operadores de viagem, onde o que importa é proporcionar momentos de lazer sem qualquer preocupação com o meio ambiente ou social. O baixo custo associado a estes programas faz com que os modelos de negócio estejam assentes em quantificação para que consigam gerar lucro e sejam sustentáveis economicamente, lamentavelmente, o único pilar de sustentabilidade analisado pelos principais atores no mercado turístico.

Mas, no meu entender, tudo isto foi e é necessário. Ter a oportunidade de viajar, de sonhar com destinos de sonho, de escolher entre várias partes do globo é um privilégio e mal de mim se não o desejasse para todos os povos do mundo. É maravilhoso conhecer outras culturas, outros códigos e hábitos, outros habitats naturais. E foi o desenvolvimento deste turismo de massa que nos proporcionou todo isto.

E não só as viagens. Presentemente Lisboa é uma das cidades mais procuradas no mundo, com ótimas críticas em todos os meios especializados e uma população turística permanente muito relevante. Tão relevante que o bairro típico onde moro tem mais turistas do que residentes, não só na rua, mas também instalados em dezenas de hotéis, hosteis e casa particulares veiculadas através do Air B&B. Tal era impensável há 10 anos atrás. Lisboa era dos Lisboetas e de vez em quando, principalmente no verão, lá víamos um casal de alemães louros perdidos nas ruas labirínticas de um bairro popular. Hoje em dia, são os Lisboetas que se perdem nos intermináveis labirintos de turistas. E ainda bem. Lisboa é, de facto, uma cidade extraordinária e toda a gente merece conhecê-la. Foram criadas condições para o desenvolvimento de uma nova economia assente na oferta de produtos e serviços a esta nova população. Com a terrível crise que se instalou em Portugal, o desenvolvimento desta nova economia foi a salvação de muitos. E proporcionou novos padrões que Lisboa estava a precisar. Descaracterizou-a um pouco é certo, mas isso é aos nossos olhos de Lisboetas. A todos os que quiserem visitar Lisboa, não se preocupem, pois a sua autenticidade ainda está intacta.

Acredito pois, que esta fase de turismo de massa é, na verdade, uma primeira fase onde se desenvolveram os mecanismos necessários para pôr esta indústria do turismo a funcionar. Entrámos agora na 2ª fase, onde nos começamos a interrogar sobre uma série de coisas que antes não prestávamos atenção, pois o nosso foco era conseguir viajar, seja de que forma for. Agora que já estamos de “barriga cheia”, ou seja, já experienciamos o ato de viajar, de “turistar”, começamos a procurar novos estímulos, e os operadores de mercado sabem muito bem. E eis então que surgem estas novas categorias, envolvidas num manto de sedução irresistível, com novos argumentos assentes no respeito e sustentabilidade dos meios circundantes, sejam eles ambientais ou sociais. A mim agrada-me este tipo de apelo, desejo-o para mim. Mas se fizer uma reflexão mais atenta e profunda, reparo que todos os argumentos utilizados são lógicos e naturais. Não poderia pensar de outra forma.

Já os tinha esquecido? Certamente que sim, caso contrário não me teria entusiasmado com estes novos eco-produtos. Por isso vos digo, caros leitores, que apesar da aparente futilidade inerente a estes produtos, eles são necessários e importantes. Necessários porque na verdade nos proporcionam novos modos de turismo e importantes porque nos fazem refletir sobre um conjunto de considerações que embora nos sejam naturais, estavam, há muito, esquecidas.

Quanto a sugestões de eco-turismo, deixo nas mãos da Kátia Pinheiro.

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Praia da Feiticeira – Ilha Bela (Foto do site http://www.ilhabela.com) ©

Ok Pedro B, vamos então a elas.

Aqui vão minhas sugestões que tem tudo a ver com ecoturismo:

Jalapão

Mato Grosso

Pantanal

A minha preferida? Sem dúvida alguma: – Ilha Bela

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